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Star Wars de 1950!?

25 julho, 2010

Sem dúvida alguma, Star Wars é um clássico que revolucionou muitos aspectos do cinema. Lançado em 1977, inovou em vários pontos de efeitos especiais e técnicas de filmagem. Mas, o que aconteceria se um cineasta tivesse a mesma idéia que George Lucas teve, mas em 1950? É isso que esse fan-made abaixo, de “O Império Contra-Ataca” responde:

Trata-se de um Premake. É um nome para indicar um “remake” de um filme, só que feito anos antes, com menos tecnologia. Há vários outros disponíveis no You Tube, como os de Os Caça-Fantasmas e Os Caçadores da Arca Perdida. Os vídeos reproduzem fielmente os aspectos que eram explorados nos anos 50, com anúncios chamativos e muita coisa escrita durante o trailer. Ainda temos a apresentação de personagens individuais, com seus nomes na tela, tal como antgamente. Sem dúvida, a criatividade dos fãs, aliada à tecnologia não tem limites.

Uma homenagem à Vivian Maier

25 julho, 2010

Recebi essa dica por e-mail da minha digníssima esposa Carla Cardoso e tô postando aqui. É uma história sensacional sobre a fotógrafa Vivian Maier, que, entre os anos 1950 e 1990, fez centenas de fotos lindas, sobre pessoas e pontos da cidade de Chicago e nunca havia revelado seus negativos e nem mostrado para ninguém. No entanto, um cara chamado John Maloof, achou 100.000 negativos em uma peça que havia comprado em um leilão num antiquário. Então o cara resolveu revelar alguns e, quando viu a qualidade do trabalho, procurou saber mais sobre a vida da moça e fez um blog em forma de homenagem à moça, fotógrafa que nunca mostrou o material para ninguém e que tinha uma sensibilidade incrível para fazer fotos.

Para conferir a homenagem e as fotos de Vivian, clique aqui (vale a pena). Para dar uma canja, coloquei algumas abaixo.

“Don’t be Afraid of the Dark” promete…

24 julho, 2010

Nem tô acompanhando muito a cobertura da San Diego Comic-Con 2010, mas uma das novidades anunciadas na feira me chamou muito a atenção. Trata-se do anúncio do filme Don’t be Afraid of the Dark, com direção de Troy Nixey e produção de Guillermo Del Toro. O filme, que ganhou classificação “R” (a para maiores de 18 anos) nos Estados Unidos, foi classificado como um filme “perfeitamente assustador” pelo pessoal da classificação, que afirmou que ele ficou com “R” não por ter violência ou sexo, mas por dar muito medo. Já fiquei ansioso para ver só por causa disso. Além do mais, dá só uma olhada no cartaz do filme, feito com um desenho. Simplesmente sensacional!

Cara, tô muito ansioso… o filme tem Katie Holmes e Guy Pearce nos papéis dos pais da garotinha do cartaz.

Homem Aranha vs O Imperador! – O ‘hype’ dos heróis

23 julho, 2010

Não. Não se trata de mais um desses Crossovers caça-níqueis que as editoras às vezes inventam para fazer um barulho. Foi apenas um flagrante do treino do Roma, no qual o preparador físico da equipe italiana se vestiu como o herói aracnídeo para fazer uma brincadeira e descontrair os jogadores. Adriano não conseguiu escapar…

Aproveitando o ensejo, como o Aranha se tornou popular após o lançamento de seus filmes! Em qualquer loja, de qualquer coisa que você vá, lá está a cara vermelhona dele. Bonés, brinquedos, cadernos, cuecas, pantufas, tudo! Tudo mesmo, qualquer acessório, para qualquer idade tem a marca registrada dele. Acho que dificilmente o preparador físico teria essa idéia caso não houvesse esse hype em torno do herói.

A mesma coisa acontece com os X-Men (Wolverine, diga-se) e o Batman, que estão na preferência logo após o Aranha. Nunca vi tanta euforia em cima desses heróis e, sinceramente, acho que se formos fazer uma pesquisa, a mídia original deles, os quadrinhos, foram os menos beneficiados com isso. O que mais foi valorizado foram os desenhos animados, produzidos em escala industrial e que, por vezes, distorcem completamente a história e não respeitam o personagem original. Aliás, isso será tema de outro artigo em breve.

E isso só tende a aumentar, já que as grandes indústrias estão percebendo cada vez mais esse filão e colocando as mãos nos heróis, como a compra da Marvel pela Disney, por exemplo. Enquanto isso, nós, que gostávamos deles do jeito que eles eram nas HQ`s vamos lamentando e criticando as adaptações e brinquedinhos que aparecem por aí.

Marvel vídeos Rules!

22 julho, 2010

A seção de vídeos do site oficial da Marvel é ótima. Nela, podemos encontrar o desenho novo dos Vingadores e os clássicos X-Men, de 1992 e Homem Aranha, de 1994. Esses dois desenhos já passaram aqui no Brasil na Rede Globo e fizeram muito sucesso. Aliás, diga-se de passagem, fizeram sucesso porque eram bons e bem fiéis às HQ`s, na medida do possível. Só havia alguns fatores como o abrandamento da violência e coisas desse tipo, mas eram ótimos. Eu mesmo comecei a colecionar as revistas dos X-Men, e revistas de heróis de uma maneira geral por causa do desenho. Uma geração inteira de leitores, assim como eu, se interessou dessa maneira.

Coloquei abaixo um dos vídeos para matar a saudade. Mas recomendo a visita à página de vídeos, clicando aqui.

22 julho, 2010

Nova editora de HQ`s é anunciada nos EUA

20 julho, 2010

Os quadrinhistas Jimmy Palmiotti e Larry Yong se uniram ao produtor de cinema Jason Netter e fundaram uma nova editora de HQ`s, a Kickstart Comics. A editora, que trará uma leva de novos artistas nas suas páginas, promete lançar 24 álbuns no primeiro ano de vida, além de expandir a venda do material em redes de lojas como o Wal-Mart em detrimento das tradicionais comic shops, as lojas especializadas no assunto nos EUA. Em entrevista ao Comic Book Resources, os autores disseram que os planos da editora é investir não nos grandes nomes, mas nos grandes talentos da prancheta e nas histórias singulares.

Mas, em um primeiro olhar no site e no preview que disponibilizaram no site, dá para ver que algumas coisas não são tããão singulares assim. Um dos títulos, Headache, por exemplo, traz a história da Deusa Athena, que reencarna em uma adolescente de 18 anos, que namora um rapaz que é a encarnação de Hades e luta para salvar os humanos da destruição (Huumm… onde foi que eu vi isso? Ah, sim, foi aqui). Ou até mesmo Ward 6, onde seis paciente em uma ala de hospital, com perda de memória, procuram descobrir quem são e de onde vêm (esse eu acho que vi aqui). Alguns títulos no preview também se encontram sem sinopses, contando apenas com imagens.

O que resta agora é acompanhar a repercussão do material, que sai em dezembro nos EUA e esperar que ele apareça por aqui. Só lembrando que (óbvio) os donos da idéia também admitiram a possibilidade de venda dos direitos das adaptações para o cinema e a televisão. Será que vem mais “Cavaleiro das Trevas” por aí? Tá mais com cara de “Elektra”. Vade retro! 

“Fábulas: A Marcha dos Soldados de Madeira”, por João Ventura

20 julho, 2010

Quando éramos crianças, as melhores histórias, sem dúvida, eram a que nossos pais contavam. E essas histórias certamente incluíam os clássicos como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e Branca de Neve e os sete anões. Elas embalavam os sonhos e até serviam para ensinar lições importantes.

Vem a fase adulta e, pelo menos para alguns, continua o gosto pelas boas histórias. Porém, aquelas lá do nosso tempo de criança não parecem mais tão interessante. Após crescermos um pouco os personagens e tramas parecem meio “coisa de criança”.

Bem, pareciam…

Vencedora de 25 prêmios Eisner (o Oscar dos quadrinhos), a série Fábulas é uma das melhores obras que já tive a oportunidade de ler. A idéia do autor Bill Willingham foi pegar justamente aqueles personagens do passado e fazer uma trama envolvente, ótima e, sobretudo adulta, que acompanha o crescimento daqueles que as ouviam quando eram crianças.

O primeiro encadernado A Marcha dos Soldados de Madeira, traz o arco de histórias completo que foi publicado aqui no Brasil em partes pela Pixel na extinta revista Fábulas Pixel. Ele traz a história completa e ainda um prelúdio chamado O último Castelo, que conta um pouco da origem das Fábulas. Esse primeiro volume saiu nas bancas há uns dois meses, mas ainda está à venda em alguns lugares. Recomendo.

O argumento da série é bem interessante: as Fábulas foram expulsas de sua terra por um inimigo chamado O Adversário, que comanda uma tropa de Goblins, Orcs, Trolls e outros bichos absolutamente violentos. Diante da onda de violência, pilhagens e até estupros, os habitantes não tiveram outra alternativa a não ser fugir do lugar e buscar refúgio em Nova York. Elas vivem lá em segredo, se misturando aos humanos, em uma série de prédios escondidos na rua Bullfinch.

“A Marcha” conta então como alguns soldados de madeira, com roupas estilo Homens de Preto, voltam para chantagear as Fábulas, roubar seus artefatos mágicos e ainda destruí-las. Mas as fábulas não vão deixar isso barato. Liderados pela Branca de Neve e o Lobo Mau, elas pretendem lançar uma contra-ofensiva para se defender, dando início a uma pequena guerra.

Como já dito, a série é bem adulta e mostra os personagens clássicos de uma maneira diferente. Há muita violência, cenas e insinuação de sexo e conspirações  e trapaças, o que causa um certo estranhamento, já que se trata de personagens “infantis”(a série, inclusive, vem com uma recomendação indicando a leitura para maiores de 18 anos). Mas nenhum desses elementos é gratuito e são muito bem dosados, contribuindo para a trama. Os desenhos também são ótimos, assinados por Mark Buckingham, Craig Hamilton, Steve Leialoha e P. Craig Russel.

Não é à toa que a série foi chamada de a sucessora de Sandman no mercado americano. Ela possui muitas possibilidades e aposta nos personagens carismáticos que já conquistaram os leitores há muito tempo. Willingham se apega a pequenos aspectos dos personagens, desenvolvendo sua história a partir da chegada em NY. Alguns, como o Lobo Mau, ainda tem sua origem contada, que não aparecia na história original e que explica muita coisa dela, por incrível que pareça. Os diálogos são bons, envolventes e cheios de ótimas sacadas e referências.

Fábulas é um ótimo trabalho e, nessa última semana foi publicado um segundo encadernado da série, chamado Ventos da Mudança, outra hora volto a falar dele aqui, que é tão bom quanto o original. Por enquanto recomendo os dois. Você viverá feliz para sempre enquanto durar a leitura.

Enigmas cinematográficos

19 julho, 2010

O publicitário Felipe Pacheco lançou uma série de webdings no UOL que é uma espécie de jogo: a regra é advinhar o nome do filme através de desenhos simples. Muito legal. Para acessar, clique aqui.

Tente advinhar e publique nos comentários.

“S. Darko –Um conto de Donnie Darko”, por João Ventura

19 julho, 2010

Atenção: O post abaixo está cheio de spoilers. Caso não queira saber de eventos-chave da (horrorosa) trama para não estragar o prazer ao assistir ao filme (acredite, você não o terá), deve evitá-lo. Penso assim em fazer um bem público, pois ninguém merece assistir uma porcaria dessas.

Bom, lendo o aviso acima, já deu que eu não gostei do filme (?). No restante do texto vamos aos pormenores disso e mostrar porque “S. Darko” é uma coisa que deve ser esquecida, enterrada para sempre.

Em primeiro lugar, tenho que dizer que o filme original Donnie Darko (Richard Kelly, 2001) é um dos melhores filmes que já vi. Uma excelente e sombria trama, com atores de qualidade, trilha sonora que cria o clima perfeito, ótima fotografia e, enfim, um filme que, quando chega ao final, você viu que ele foi redondinho, fechado, uma obra prima que obtém esse status porque, nas suas duas horas de duração, extraiu tudo o que poderia extrair, de forma magnífica e sublime. Tipo, se melhorar estraga, saca?

Pois é, mas os executivos responsáveis pelo estúdio acharam que Donnie não era uma obra prima e sim uma fonte para lucros futuros, dado o seu sucesso. Então, resolveram tentar tirar mais leite da vaca gorda. “Vamos fazer uma continuação!”, pensaram os infiéis. E aí, com a recusa (óbvia) de Richard Kelly e de boa parte do elenco atual, colocaram nas mãos de uns profissionais meia-boca e aconteceu o que todos já sabiam. A merda fedeu.

O filme conta a história de Samanhta Darko (o S. do título), irmã mais nova de Donnie que, no filme original, só tinha uma fala e nesse filme tornou-se a protagonista. Ela endoidou após a morte do irmão e fugiu do seu lar que, segundo os créditos iniciais, ruiu após a morte trágica de Donnie. Ela então viaja sem rumo com a amiga Corey, uma metida a alternativinha que só faz merda. As duas vão parar em uma cidadezinha no interior dos EUA que possui aqueles estereótipos de todo o filme:  o nerd, o playboy, o pastor, o dono do hotel, o doido…

E aí, preparem-se, cai um meteoro (sim, infelizmente) na cidadezinha, justamente no lugar onde Iraq Jack (o doido), costumava ficar sentado. Só que ele é salvo por, ninguém mais ninguém menos que o espírito de Samantha morta (???), que o livra da morte certa falando que o mundo vai acabar em quatro dias. Isso lembra alguma coisa?

Daí em diante, o filme é uma cópia muito mal feita de tudo o que aconteceu no filme anterior: Samantha é sonâmbula e acorda sempre longe da sua cama, seu espírito morto dá ordens a Iraq Jack para fazer coisas tipo, colocar fogo em uma igreja, Samanhta ainda sofre com a visão de um garoto morto, sua amiga,que nunca teve contato com o sobrenatural volta no tempo para salvá-la de um atropelamento, o pastor é pedófilo e, se preparem para o pior…

Numa das cenas mágicas, a Samantha morta ordena a Jack para que ele faça uma máscara de coelho!!!!! Sim, você leu certo, UMA MÁSCARA DE COELHO! E tem mais: ele é, nada mais nada menos do que o neto de Roberta Sparrow, a velha louca do primeiro filme! Uma forçação de barra sem dó nem piedade. Sem contar que, no final do filme, há uma chuva de meteoros que irá destruir a terra! É mole? E, além disso, o meteoro causa coceira nas pessoas? Para salvar o mundo, Jack aceita voltar no tempo e se sacrificar, morrendo no lugar onde caiu o primeiro meteoro. Original toda vida.

O que dá mais raiva são os depoimentos do diretor e roteirista nos extras. Os caras dizem que o filme original não é pra ser mexido, que consideram-no intocável, mas foram lá e fizeram essa porcaria. Eles não tem nem vergonha na cara em falar que “no original, Donnie se sacrificava para salvar o mundo”, tenha dó! Se disseram fãs mas simplesmente NÃO ENTENDERAM O FILME!

Enfim, esse filme é inútil porque, se a pessoa não viu o original, não entenderá nada, se viu, verá que cagaram com tudo. Se você é fã de Donnie Darko corra, mas corra muito. Depois não vai ter viagem no tempo que te salve de uma roubada dessas…

S. Darko (S. Darko A Donnie Darko Tale, DVD 2009 – 103 min)

Direção: Chris Fisher.
Roteiro: Nathan Atkins baseado nos personagens de Richard Kelly.
Elenco: Daveigh Chase, Briana Evigan, Elizabeth Berkley
Gênero: Suspense.